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Blog 20230522 Lugar da memória afetiva
22 de maio de 2023

Lugar da memória afetiva

Os museus criados a partir da vontade comunitária de preservar e compartilhar suas histórias já nascem especiais, cheios de sentido e propósito. São o “lugar da memória afetiva de um povo”, como define muito bem a Casa de Cultura de Aperibé, uma das instituições convidadas para a nossa III Jornada de Museologia Social, ao lado do Espaço Cultural Luciano Bastos, de Bom Jesus do Itabapoana. O evento cultural realizado no sábado, 20 de maio, foi uma parceria do Parque com a Superintendência de Museus, e contou com a presença de Lucienne Figueiredo, à frente do órgão da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec RJ).

Para Cláudia Bastos, diretora do Espaço Cultural Luciano Bastos, o tema do evento (memórias afetivas) tem tudo a ver com o ECLB, uma iniciativa que preserva o patrimônio cultural que constitui o prédio do antigo Colégio Rio Branco e todo o acervo existente em seu interior. “Desde o início do surgimento do Espaço, a afetividade vem à tona constantemente com as visitas escolares e ao reviver as histórias na lembrança das pessoas que já estudaram no colégio”, diz. “A gente sempre ouve muito as histórias, principalmente. A escuta é importante. Cada depoimento traz novas informações, fatos que descobrimos. E a gente se diverte, se emociona. É muito enriquecedor”.

O evento foi uma boa oportunidade para “trocar figurinhas”, como disse Marcelo da Cunha Hungria, diretor-presidente da Casa de Cultura de Aperibé. Instalado em uma antiga estação de trem, o museu exibe um acervo composto de objetos doados pelas famílias da cidade, situada no noroeste do estado. “A gente aprende sempre junto e mais. Um local como Parque é um campo aberto para pesquisa, resgate e valorização da história. Sinal de que nem tudo está perdido. Aqui, a cidade foi destruída, mas muito da cidade de Aperibé também foi, então não é muito diferente. É aí que entra o papel do museu e o nosso papel de historiador e um pouco arqueólogo. Não aquele que busca vestígios na terra, mas sim nas gavetas, nos baús, fotografias antigas e aproveita as pessoas ainda vivas que podem nos contar sobre a história do município”.

No Centro de Memória, os visitantes puderam ainda apreciar a delicada intervenção artística Memórias das Águas, que uniu de forma poética bordados, antigas fotografias de moradores de São João Marcos e trechos de relatos sobre o fim da cidade.

Agradecemos muito as presenças de representantes do Museu Vivo de Areia Branca, de Belford Roxo; Museu Vivo da Capoeira, de Duque de Caxias; estudantes de História do Centro Universitário Geraldo Di Biase, de Volta Redonda; alunos do Instituto de Educação Carlos Pasquale, de Nilópolis, além de profissionais de instituições museológicas do Rio, convidados pela Secec RJ.

Museu Casa da Cultura de Aperibé
Praça Francisco Blanc s/n, Centro, Aperibé

Espaço Cultural Luciano Bastos
Praça Amaral Peixoto 13, Centro, Bom Jesus do Itabapoana

Museu Vivo de Areia Branca
Rua Mary Elza 46, Areia Branca, Belford Roxo

Museu Vivo da Capoeira
Avenida A s/n, Nova Campinas, Duque de Caxias

Confira as fotos na galeria!

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