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BLOG 20250317 É preciso ter gana sempre: exposição Mulheres de São João Marcos
17 de março de 2025

É preciso ter gana sempre: exposição Mulheres de São João Marcos

Em celebração ao Mês das Mulheres, o Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos promoveu no sábado, dia 15 de março, o evento ‘Exposição Mulheres de São João Marcos: mulheres notáveis das artes e ciências’. Os participantes foram recepcionados pela instalação artística da artista-residente Mariane Alves, que produziu peças unindo troncos de árvores e reproduções de imagens de ex-moradoras da cidade com a técnica de estêncil. Na Árvore da Inspiração, os presentes puderam pendurar mensagens em homenagem a mulheres inspiradoras.

Na Cinegaleria, a plateia integrada por estudantes de História e Letras do Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB), em Barra Mansa, assistiu ao documentário ‘Mulheres de São João Marcos’ e, em seguida, conheceu o trabalho das pesquisadoras convidadas: a museóloga Márcia Rodrigues, mestranda em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural (Casa de Oswaldo Cruz Fiocruz), contou um pouco da sua experiência nas pesquisas da documentação cartorial de São João Marcos em diversos acervos. Já Heidi Costa, doutoranda em Memória Social pela UniRio, apresentou parte da sua dissertação de mestrado, ‘Anastilose da Memória’, defendida em 2019, que trata do funcionamento das políticas públicas de patrocínio à cultura e a preservação da memória de São João Marcos no Parque.

“É muito importante esse tipo de evento e ainda mais importante que nós mulheres estejamos inseridas dentro desse contexto histórico, entre pesquisadoras, no âmbito da ciência”, diz Márcia Rodrigues, estudiosa cujo trabalho está mapeando o acervo documental de São João Marcos, disperso antes da destruição da cidade.

A historiadora Tânia Bassi Costa já tem uma longa relação com o Parque. Em muitas oportunidades, esteve em eventos do calendário cultural com os seus alunos. “A parceria com o meio acadêmico é fundamental para a construção da história local e da identidade”, acredita a professora do curso de Licenciatura em História do UGB. “Trazer os graduandos dá a eles uma formação diferenciada. As visitas proporcionam uma vivência e um diálogo com outras áreas do conhecimento”.

Na programação da tarde, o público assistiu a uma apresentação das atrizes Carla de Souza Marques e Ana Carolina Cupertino. As integrantes do Coletivo Sala Preta interpretaram a biomédica baiana Dra. Jaqueline Goes de Jesus, cientista que mapeou o genoma do coronavírus, e a atriz carioca Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro e indicada ao Oscar de melhor atriz de 2025. Entremeada com música, a esquete inédita foi baseada em entrevistas concedidas pelas duas notáveis. A performance explorou a questão da diversidade e do reconhecimento do papel das mulheres na ciência e as trajetórias profissional e pessoal da intérprete de Eunice Paiva no filme ‘Ainda Estou Aqui’.

“Apresentamos uma esquete especialmente elaborada para o evento com o intuito de celebrar as mulheres no âmbito das ciências e das artes”, explica a atriz Carla de Souza Marques. “O Parque é um espaço importante de preservação da memória. Indo além, é também muito interessante perceber como essa memória se entrelaça com outros aspectos do ambiental ao artístico e cultural como, por exemplo, no evento Mulheres de São João Marcos”.

Os temas relacionados à condição feminina estão sempre presentes tanto no calendário de eventos do espaço educativo e cultural da Light em Rio Claro quanto em produtos digitais como a série ‘Artistas do Parque’ no site saojoaomarcos.com.br. A produção cultural do projeto reafirma a memória da participação das mulheres na vida da antiga cidade ao mesmo tempo que traz temas contemporâneos a cada ano: violência doméstica, empreendedorismo feminino, transgênero e preconceito, o ODS 5 – que trata da igualdade de gênero – entre outras questões.

Confira a galeria.

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