18 de novembro de 2019
Um encontro com a cultura afrobrasileira
Em torno de 200 pessoas compareceram ao nosso Encontro de Juventude Afro no último sábado, 16 de novembro. Foi um evento especial em que celebramos a cultura brasileira com música, dança, gastronomia e muita troca de experiência e conhecimento.
Na parte da manhã, o destaque foi um bate-papo com Ellen Costa e Juliana Mello, à frente do Instituto Efeito Urbano, organização sem fins lucrativos voltada para dança urbana, atuante no Morro da Providência, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. E também com as educadoras Jade Helena e Nayla Souza, do Museu Light da Energia, espaço que desperta a atenção para os benefícios da energia elétrica e seu uso seguro e eficiente, instalado dentro do Centro Cultural Light, no Centro do Rio.
As quatro profissionais falaram sobre trabalho, educação, preconceito, família, e as alegrias e desafios enfrentados por cada uma delas na busca por formação, realização profissional, afirmação pessoal e social. A conversa foi tão interessante que até inspirou Mestre Tatu, líder do grupo de capoeira Guardiões do Quilombo, de Barra Mansa (RJ), a improvisar uma cantiga na roda, exaltando o talento dessas jovens mulheres negras.
A programação da tarde incluiu uma visita guiada pelo circuito das ruínas, a deliciosa feijoada do Mestre Ney, servida a todos os presentes, além de muita capoeira, jongo e dança charme.
Os capoeiristas passaram noções básicas sobre os principais golpes dessa manifestação cultural brasileira, reconhecida pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, e todo mundo pôde aprender um pouquinho sobre os movimentos da ginga, benção e queixada antes da roda.
O anfiteatro do Parque se transformou ainda em baile charme e terreiro, com a participação das galeras do Efeito Urbano e da Associação Vidigal Cultural. Os charmeiros botaram todo mundo para dançar, puxando os tradicionais passinhos que sincronizam centenas de pessoas sob o Viaduto de Madureira e em outros bailes pelo Rio.
Os jongueiros também envolveram a todos com seus tambores, saias rodadas e o movimento da umbigada. Eles tinham muito a ensinar sobre o jongo, forma de expressão que mistura canto, dança e música cuja origem remete ao trabalho escravo nas fazendas de café, principalmente no Vale do Paraíba, onde o nosso Parque está inserido.
Confira as fotos do evento na nossa Galeria.
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