O evento ‘Exposição Afromarcossenses’ fechou o calendário cultural de 2023 de maneira muito especial. Em um dia lindo e de muito calor o nosso Parque aquilombou-se e recebeu lideranças da luta em defesa dos direitos dos descendentes dos povos africanos escravizados nas fazendas Santa Justina e Santa Izabel e na Ilha da Marambaia, localidades em Mangaratiba.

Para a ocasião, foi remontada a mostra ‘Afromarcossenses – História e legado’, no Centro de Memória. A exposição que registra e reverencia a influência africana na vida e na cultura da antiga cidade de São João Marcos fica em cartaz até o final do mês de novembro.

Um pouco da história de resistência das duas comunidades foi contada no evento pelos integrantes da Associação dos Moradores Amigos e Amigas da Fazenda Santa Justina e Associação da Comunidade dos Remanescentes de Quilombo da Ilha da Marambaia. Vânia Guerra, Vicente da Conceição Victor, Ivone Victor, Consuenir Gonçalves, Silvio dos Santos, Iosana Mathias, Dinha Dias e Mirian Bondim participaram de um debate após a exibição dos documentários ‘Quilombo, luta e liberdade‘ e ‘Afromarcossenses: história e legado‘ .

À tarde, a oficina de Abayomi, com a artesã Dinha Dias, reuniu todo mundo em volta dos coloridos retalhos de tecido que se transformaram em bonequinhas negras feitas sem costura. A força do jongo, prática cultural dos quilombos contemporâneos, ecoou ao som dos atabaques e brilhou em um dia de festa, celebração e memória, que culminou com apresentação do Jongo da Marambaia: ~ “Eu nasci, nasci de Angola. Angola que me criou. Hoje estou na Marambaia, moreno. E por isso negra sou.” ~

Agradecemos a presença de Leandro Gonçalves, do perfil Preto Viajante; alunos do curso de Formação de Professores do Instituto de Educação Professor Manuel Marinho, em Volta Redonda; estudantes da Escola Municipal das Acácias, em Itaguaí, e integrantes do grupo Ativa Idade, de Angra dos Reis, que fizeram uma demonstração de dança circular.

Saravá!

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